Não posso julgá-lo, ninguém pode, porque ele é abstrato, portanto não pode ser definido. Esse é o problema das pessoas, sempre tentando ter uma definição de tudo, como se ter uma explicação fosse acalmá-las de suas dúvidas. Não é assim, pelo menos não com ele.
Ele não tem gênero, não se pode encaixotá-lo, colocar em uma prateleira específica, porque ele deve ser sentido. Digo mais, ele não foi inventado e sim surgiu da experiência humana de troca, ninguém resolveu colocá-lo no papel para ser descrito, dissertado. Cada um o sente a sua maneira, porque a bagagem do indivíduo vai fazê-lo existir e não o capricho de uma sociedade ou um mero escritor.
Quem pode tê-lo? Não sei se é possível usar essa expressão, mas posso dizer que desenvolve-se, é um exercício diário e são poucos que sabem oferecê-lo e em menor número aqueles que sabem recebê-lo. Alguns já estão tão acostumados a compartilhá-lo que acabam oferecendo àqueles que ainda não aprenderam a ser gratos por recebê-los, aí vem o sofrimento. Alguns até guardam para si por medo de distribuir algo tão precioso.
Mas, vou dar um conselho para vocês: também sou assim, mas me sinto melhor oferecendo-o do que guardando-o, porque a paz que me dá de saber que o fiz é maior do que o peso de ter me segurado sem ter dado a outra pessoa a oportunidade de se sentir amada.

