sexta-feira, 28 de março de 2014

Turbulências e Afagos

Aprendi a deixar a raiva e o orgulho de lado e falar com a voz do amor. O coração deve dizer e mostrar o que sente, sem pensar se vai estar se humilhando. Ser sincero com o outro quebra qualquer tentativa de ser agressivo.
Quando sua mãe diz: "Vocês não precisam ficar para me aturar!", você responde: "Eu estou aqui porque te amo."
Mostrar o verdadeiro valor da vida, o tamanho pequeno das discussões perto da falta que iremos fazer uns aos outros quando não estivermos mais aqui.
É melhor deixar as lágrimas caírem do que acelerar o coração tomado de raiva. O corpo e a mente agradecem.

sábado, 22 de março de 2014

Cenário da vida (Pra ler ouvindo "I write sins not tragedies" do Panic at the Disco)

Hoje me peguei pensando: tradicionalmente, as principais etapas da nossa vida que são apresentadas à sociedade, acontecem dentro de uma igreja. Quando nascemos, casamos e morremos. 
Olha, tudo bem, estar dentro de um local em que, teoricamente, teremos as bençãos de Deus, mas daí a fazer disso um espetáculo, acho um pouco demais.
Toda vez que um batismo, casamento, velório ou missa de sétimo dia, acontece, temos pessoas dentro da igreja que fazem parte da família, amigos e todo tipo de proximidade com o indivíduo em questão. Entretanto, se tivéssemos um aparelho para medir o quanto as pessoas maldizem e fofocam nesse ambiente, com certeza o sensor explodiria.
É impressionante, como sequer o ser humano pensa que se ele está ali fazendo parte daquela cerimônia, é porque quem está sendo celebrado ou velado, o acha importante de alguma forma. Sempre temos os invejosos, maledicentes, gente de coração leviano : "Hum, quem imaginaria que a Paulinha ia sossegar depois de tantos namorados" "Olha, só o Léo, nem parece aquele canalha que conhecemos dentro daquela beca", "Olha só os padrinhos do Pedrinho, até parece que vão saber cuidar do menino, sequer tiveram filhos. E ainda ficam fazendo juramento perante Deus", "Aquele já foi tarde, menos um pra perturbar a família". 
Enfim, uma série de comentários (leia-se veneno), que eu nem tenho coragem de descrever aqui. E aí, eu me recordo que nada faz mais sentido do que abrigar esse tipo de gente em um lugar que sempre foi o altar de hipocrisias.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Livro aberto

Te ofereci meu livro aberto, para que você lesse cada linha com cuidado e atenção. Era a minha história que estava entrando na tua vida, era a minha bagagem que estava ali para ser dividida com a tua. Mas, ao invés disso, você interpretou como quis, fez pior: reescreveu em cima das minhas páginas, em algumas você até derramou a tinta escura que vinha das suas ideias. Mais do que isso, você fez de mim uma personagem, criação da sua maldade, que não te deixou ver quem eu era de verdade.

Depois do sucesso


O sucesso....ah, o sucesso! É o pote de ouro no fim do arco-íris, a estrela cadente que a gente corre para agarrar a cauda. Ou seja, uma incessante perseguição.
Todos os dias, você tem uma trilha de carreira pela frente, te oferecem um cenário maravilhoso, desses que a gente fica babando quando assiste a um vídeo de pacote de viagem para um resort.
E o que você precisa pra conseguir? "Perseverança! Só depende de você. Nós damos a corda pra você subir, o resto é contigo." O que não te contaram é que quando você chegar no topo, já estarão com o nó amarrado pra você se enforcar e aí, ah! aí sim vai depender de você. Eles vão testar a sua força, sua fé, sua capacidade de aguentar a pressão, sem te oferecer condição nenhuma de aguentar.
Aquela corda que foi oferecida para você subir, agora tornou-se um cabo de guerra, que você puxa de um lado para alcançar seus objetivos e tenta passar para a outra etapa, mas quando você o faz, o outro lado da corda tá pequeno, não se pode puxar tanto porque também vai te prejudicar. Isso porque é você que está dos dois lados da corda. (Vocês devem estar pensando: "Essa garota enlouqueceu! Onde já se viu? Como se pode estar dos dois lados da corda ao mesmo tempo?"). Simples, você corre de um lado para o outro que nem um maluco e não resolve nada!
Produzir, produzir, produzir, ninguém quer saber se você está precisando de alguma coisa, te tratam como máquina e esquecem que até elas precisam de manutenção, óleo, troca de peças.
Como diz Lulu Santos :"Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza, então." Não quero sucesso, quero que cessem os abusos, a falta de humanidade das grandes corporações. 
Colaborador? De quê? A gente se enforca todos os dias. Estamos, sim, colaborando para o declínio da nossa saúde mental e corporal.
Sucesso pra mim é você ter tempo para sua família, tempo pra você, pra respirar o que te faz bem. Porque chega um momento em que o dinheiro não paga mais aquilo que não volta.

sexta-feira, 14 de março de 2014


Acabei de assistir um filme que era para ser apenas mais um daqueles enlatados, com temáticas adolescentes e "blá blá blá", mas a perspectiva abordada chamou minha atenção. É claro que fofoca, sexo, traição, líderes de torcida e bullying fazem sempre parte do campo semântico quando se trata de um apelo teen. Mas, aqui, meus caros, a mentira que gera a fofoca acaba tendo um propósito muito maior do que uma tentativa de pertencer a um grupo. Quando cada um quer salvar a própria pele e ser aceito, tudo pode acontecer, inclusive, manter uma colega em uma personagem que ela mesmo criou só para ajudá-los nesse difícil mundo de exclusão colegial.
Existe um pensamento genial da Martha Medeiros que diz: "Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo. É muita santidade para um pobre-diabo, ninguém é tão imaculado assim." E isso não poderia se encaixar melhor nesse filme.
A gente se dá conta que não precisamos estar dentro da escola ou ter entre 15 e 19 anos para viver numa constante guerra conosco e com os outros, como se vivêssemos dentro de uma bolha, da qual precisamos sair e fazer parte do mundo lá fora. Mas, quem determina se podemos ou não fazer parte dele são os outros. Estranho, não? Crescemos, arrumamos um emprego, casamos, envelhecemos e lá estamos nós: nunca saímos da realidade do colegial, ainda estão lá aqueles que te olham de cima, te rotulam, que vão fazer de tudo pra você não chegar ao sucesso (ou pensar que não vai chegar), os que vão fazer fofoca, inventar mundos e fundos para você não conseguir aquela promoção ou simplesmente te denegrir na frente dos seus amigos ( amigos, talvez, que nunca mais te aceitem de volta.).
E qual o preço que pagamos para fazer parte disso? Será que queremos fazer parte do lado negro da força? Muitas vezes, nos sentimos sozinhos por pensarmos diferente, mesmo sabendo que somos do bem, porém, há algo que não vai mudar: existe sempre um plano melhor para nós.
Recomendo o filminho aí em cima, pra quem quiser assistir como Sessão da Tarde ou com uma visão mais antropológica, o nome é "Easy A" ou "A mentira". Preparem a pipoca e bom filme! 

domingo, 9 de março de 2014

O gosto da vitória: vencer a si mesmo.


Meu pai me disse pra morder a medalha, pois tinha gosto de vitória, a melhor delas: vencer a si mesma.
Claro, que eu não poderia sair desse conselho sem algo filosófico na cabeça. Por isso, estou aqui pra dizer que isso é para a vida toda.
Cada dia que acordamos é uma nova batalha contra os piores vilões: nós mesmos. Nossos vícios, nossas limitações, nossos medos, nossas decepções, nossas derrotas. 
Não há obstáculo maior do que a nossa mente, isso porque ainda não sabemos utilizá-la a nosso favor. Ela pode ser a nossa aliada, é só querer. Somatizamos problemas, doenças, tudo com a força dos nossos pensamentos, sem nos dar conta do potencial reverso que temos.
Já usei tanto minha cabeça contra mim, hoje acredito que posso até fazer levitar um objeto, tamanha força que tenho.
Parem pra pensar que a vida nem o mundo estão contra você, é você mesmo que se posiciona no espelho se derrotando todos os dias. Então, ao invés de acordar ou chegar em casa e se olhar no espelho para se lastimar, cumprimente a pessoa que está sendo refletida, dê a ela um "Parabéns, você venceu mais um dia apesar de tudo." 

terça-feira, 4 de março de 2014

Vamos a la playa

Hoje, resolvi embarcar na aventura de ir à praia com a minha mãe. Acreditem, foi uma aventura mesmo!
Pra começar, ela e o namorado demoram uma eternidade para, de fato, ir à praia. Eles vão parando na casa dos vizinhos amigos para irem juntos (ou seja, temos que esperar os amigos ficarem prontos também!). Sinceramente, não entendo essa vontade enorme de sair em comboio. Mas, descobri o motivo: é porque eles levam um grande kit "fome zero" para as areias, isto é: bolsas térmicas com latas e mais latas de cerveja, esquize com água e guaraná natural, mais guarda-sol e cadeira, e precisam de gente para ajudar a carregar tudo isso depois.
Pois bem, partimos nós com toda a bagagem e aí, chegando lá além de tentar achar vaga (quase uma missão impossível), o problema de carregar tudo aquilo que estava na mala para a areia (cadê os amigos que deveriam estar lá pra ajudar?!).
O dinheiro que economizamos para não pagar pra consumir na barraca não paga o meu conforto, preferia ter pego meu ônibus, ido para a praia e pago um pouquinho mais, sem precisar carregar nada além da minha bolsa.
Ok, conseguimos! Enfim, chegamos à praia e ficamos onde? Na barraca, onde os amigos da minha mãe já estavam. Até aí tudo bem, se não estivéssemos espremidos em um canto rodeado de outras barracas com o detalhe de que mais oito cabeças estavam para chegar.
Quando todos que tinham pra vir chegaram, o casal que estava na mesa atrás, aguentou o aperto o quanto pôde, devem até ter participado das conversas, porque não havia mais o espaço do outro ali. Certo momento, eles não aguentaram mais e se retiraram. Depois de algumas horas, tínhamos mais espaço e mais uma mesa.
Se tem uma coisa que o povo que bebe demais quando vai à praia não sabe, é que a própria praia diz o momento certo de ir embora. Quando o mar começa a alcançar as mesas e o vento balança os guarda-sóis fazendo com que eles voem e machuquem alguém, é hora de levantar acampamento.
Como devia ser nesse cenário "família todo mundo junto e misturado", só conseguimos ir embora quando os adolescentes ficaram emburrados e perturbaram os pais para ir embora.
E quem disse que viver em família não é desafiador?