Hoje me peguei pensando: tradicionalmente, as principais etapas da nossa vida que são apresentadas à sociedade, acontecem dentro de uma igreja. Quando nascemos, casamos e morremos.
Olha, tudo bem, estar dentro de um local em que, teoricamente, teremos as bençãos de Deus, mas daí a fazer disso um espetáculo, acho um pouco demais.
Toda vez que um batismo, casamento, velório ou missa de sétimo dia, acontece, temos pessoas dentro da igreja que fazem parte da família, amigos e todo tipo de proximidade com o indivíduo em questão. Entretanto, se tivéssemos um aparelho para medir o quanto as pessoas maldizem e fofocam nesse ambiente, com certeza o sensor explodiria.
É impressionante, como sequer o ser humano pensa que se ele está ali fazendo parte daquela cerimônia, é porque quem está sendo celebrado ou velado, o acha importante de alguma forma. Sempre temos os invejosos, maledicentes, gente de coração leviano : "Hum, quem imaginaria que a Paulinha ia sossegar depois de tantos namorados" "Olha, só o Léo, nem parece aquele canalha que conhecemos dentro daquela beca", "Olha só os padrinhos do Pedrinho, até parece que vão saber cuidar do menino, sequer tiveram filhos. E ainda ficam fazendo juramento perante Deus", "Aquele já foi tarde, menos um pra perturbar a família".
Enfim, uma série de comentários (leia-se veneno), que eu nem tenho coragem de descrever aqui. E aí, eu me recordo que nada faz mais sentido do que abrigar esse tipo de gente em um lugar que sempre foi o altar de hipocrisias.
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